A pesquisa foi publicada nesta semana, na revista científica Diagnosis. No estudo, realizado em abril de 2021 na cidade de Campo Belo (MG), pesquisadores da UFOP foram os primeiros a avaliar a acurácia da autotestagem na população brasileira, utilizando um autoteste de covid-19 da fabricante Wondfo.
Foram realizadas duas coletas de amostras em cada paciente com sintomas de covid-19, sendo uma pelo profissional de saúde e outra pelo próprio paciente. Os resultados foram comparados e os pesquisadores concluíram que a autocoleta foi menos sensível que a coleta profissional, porém, ao considerar apenas cargas virais altas (consideradas transmissíveis), a sensibilidade do autoteste foi superior a 90%.
O professor Alexandre Barbosa Reis, um dos autores do estudo, destacou a importância do autoteste. "Uma das principais vantagens do autoteste é permitir a rápida identificação do paciente que possui uma carga viral transmissível, ou seja, aquele paciente que representa um risco para os demais e para a saúde pública."
A Anvisa aprovou o primeiro autoteste do Brasil em fevereiro. Para a professora Claudia Carneiro, coordenadora do estudo, a publicação aconteceu "em um ótimo momento, pois corrobora que a autotestagem é bastante viável na população brasileira".
Os autores advertem, entretanto, que pacientes com sintomas suspeitos de covid-19 que obtiverem resultado negativo ao utilizarem o autoteste devem procurar um serviço de saúde para realização de testagem profissional.
Acesse a publicação do estudo na revista, em inglês.
Fonte: Notícias da Universidade Federal de Ouro Preto (disponível aqui)